Em 2019, astrofísicos publicaram o artigo Embedding Climate Change Engagement in Astronomy Education and Research, incorporando o envolvimento com as mudanças climáticas na educação e pesquisa em astronomia. Nele, eram mencionadas as preocupações da comunidade científica sobre o impacto das mudanças climáticas em seu campo de pesquisa. Deste modo, questiona-se, o papel da astronomia na Crise Climática Global.
Partindo da sessão especial Astronomy for Future, foram publicados mais 3 artigos da conferência virtual de 2020 da Sociedade Astronômica Europeia, mostraram como a astronomia e a astrofísica estão sendo afetadas pela crise do clima e ainda assim, contribuindo para que ela se agrave.
A maior pegada de carbono do instituto é aquela deixada pelos voos transatlânticos de seus pesquisadores para conferências ou visitas a observatórios nas Américas.

Crédito: ESO
Com isso, foi identificada a necesside de analisar a emissão de poluentes, em seguida, descobrir como agir para que elas sejam reduzidas. Portanto, uma das alternativas consiste na instalação de supercomputadores em locais como a Islândia, devido a baixa temperatura. Isto reduziria a necessidade de resfriamento, além da abundância de energia renovável.
A temperatura média local está aumentando – 1,5 °C nos últimos 40 anos. O VLT é resfriado durante o dia para protegê-lo da degradação, porém durante à noite há um agravante. Quando o termômetro registra mais que 16 °C ao pôr do sol, com a abertura da cúpula, o resfriamento ideal não é alcançado.
A pesquisadora do MPIA, Faustine Cantalloube, afirma que cabe à comunidade de astrônomos se responsabilizar pela divulgação das consequências destas mudanças climáticas que afetam diretamente o planeta e toda a sociedade.